domingo, 28 de abril de 2013

O desenvolvimento da fé é um elemento fundamental


O desenvolvimento da fé é um elemento fundamental



“É muito importante que existam perguntas, pois a nossa natureza é inquisitiva, e mediante o questionamento correto, mediante as perguntas corretas, podemos nos aproximar deste mundo onde tudo é música e dança, onde ninguém se esquece da irmandade de todos os seres vivos, onde podemos nos apaixonar por Deus e viver sem cometer pecados.”


            Queridos devotos, recebam todo o meu afeto de Berlim.
            Já nos dias finais da Europa para começar uma nova aventura pelas terras da América do Sul. Sinto-me muito feliz em saber que vou me encontrar como todos vocês muito em breve. Nesta viagem pela Europa e também na Índia pudemos avançar bastante o nosso trabalho em Oida Terapia para fortalecer a apresentação da Fé em todo o nível. Com isso queremos derrotar qualquer posição ateia e re-estabelecer a importância da fé na vida humana. Podemos nos perguntar se o ateísmo é algo novo ou é algo que sempre acompanhou os seres humanos. A resposta é que o ateísmo está relacionado com a inveja por Deus, cujo é mais velho que a humanidade. A inveja por Deus é a razão pela qual estamos neste mundo material, só que tem tomado formas muito modernas, mas os asuras (demônios) da literatura védica são um exemplo claro deste ateísmo, pois seu comportamento contrário a Deus na forma de inimigo não é mais que ateísmo. Mesmo que, de uma maneira ou outra, acabavam adorando a Deus ao estarem tão pendentes com Ele mesmo. Assim, é como confirmarmos que o ateísmo não tem sentido. E para aprofundar mais nisso, podemos nos perguntar:
            “Existe alguém que escuta minhas orações quando estou em apuros? Existe alguém que pode corrigir os meus erros quando tenho desejos equivocados? Existe alguém que pode me guiar ao Destino Supremo? Existem revelações de Divindade aqui na Terra para saber qual é o caminho para a transcendência? Existe uma lei fixa que no final das contas é protetora de cada ser vivo? Existe uma verdade que possamos compreender? Existe alguém que me dá o Sol e a Terra diariamente? Existe alguém que deu minha consciência individual e minha sede de amar? Existe alguém que realmente se preocupa com o meu bem-estar? Foram todas as maravilhas que existem criadas para nos fazer felizes? Existem provas que tenhamos que passar para compreender este infinito? Existe um destino e uma utilização de minha capacidade de ter fé em algo invisível? Existe uma lei que nos ensina a nos tornarmos responsáveis de toda a ação ao ter que experimentar a reação do bom ou do mau que fazemos? Existe uma luz mais além da luz do Sol ou dos sóis? Existe um mundo dominado pelo amor? Existe um mundo sem ansiedade? A criação perfeita que nos rodeia não tem uma Inteligência Suprema por trás dela?”
            Todas as perguntas anteriores são questões que temos tocando na porta da fé. Se a conclusão depois de responder a todas essas perguntas é que sim existe uma realidade divina mais além, então tenho que mudar o meu modo de vida sem sentido e me adaptar a essa existência transcendental. É muito importante que existam perguntas, pois a nossa natureza é inquisitiva, e mediante o questionamento correto, mediante as perguntas corretas, podemos nos aproximar deste mundo onde tudo é música e dança, onde ninguém se esquece da irmandade de todos os seres vivos, onde podemos nos apaixonar por Deus e viver sem cometer pecados. Há tantos pontos de vista e inquietudes e o interessante é que para todas essas perguntas, a ciência não tem resposta. A única coisa que a ciência responde nesse nível é que isso não está dentro de suas áreas de investigação, inclusive quando a ciência diz que algo não existe, é apenas falta de fé nisso.
            Por isso nos fazemos a pergunta: “Ter fé é positivo?” E claro, é positivo, pois o desenvolvimento da fé nos humanos só gera bem-estar nos demais. O ser humano está inclinado pela busca da verdade, por isso existe a tendência de proteger os valores e a honestidade, mas, devido à influência de Kali Yuga, isso se tornou algo totalmente superficial. Hoje em dia as pessoas só se preocupam em manter uma aparência de honestidade, mas na vida privada perderam todos os seus valores. Mostram uma cara ao público, mas no particular se degradam e perdem todo o respeito de si mesmos e com os demais. Isso pode ser visto na prática dos políticos, famosos, homens ricos, comerciantes, etc. Em público dizem proteger a vida e na vida particular se intoxicam ou comercializam produtos que acabam com as vidas dos outros ou com a vida do próprio planeta. Isso é ateísmo puro. Isso é inveja por Deus. Isso é falta de fé e de consciência.
            O detalhe que eles esquecem é que por muito privada que suas vidas aparentem, Deus sempre está atento de tudo isso. Não é possível manter segredos com Deus. Por isso, o desenvolvimento da fé é um elemento fundamental em todos os níveis para enfrentar uma sociedade retorcida, se permitindo dar conta dos seus problemas e condicionamentos, além de entregar uma oportunidade consciente para tornar o caminho saudável para o ser. Por isso, o mais importante é a sinceridade. A pessoa sincera faz com que a sua vida privada seja pública, pois busca a transparência e não quer esconder nada. Claro, pública, mas real, não um show de publicidade para o mundo. Isso no Vaishnavismo é conhecido como rendição. E a lei é que se não somos sinceros pelas boas, será motivado pelas más, porque o karma vai se encarregar de mostrar tudo o que queremos ocultar só para guardar as aparências.
            Por isso, meus queridos, continuamos orando para levar uma vida sincera e transparente para entrar em conexão com a fé mais elevada e entregarmos em serviço aos Pés de Lótus de Srila Prabhupada. Oramos para poder transmitir a beleza da fé a outros e assim ajudá-los a encontrar um sentido em suas vidas.
            Com essas palavras me despeço por hoje. Agradeço a todos vocês por me acompanharem mais um domingo.
            Jay Srila Prabhupada!
           
            Seu sempre bem-querente,
            B. A. Paramadvaiti Swami.

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