domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pacto Mundial Consciente


Pacto Mundial Consciente



“Chaski Fest não está condicionado só a grandes eventos, não há limite enquanto a isso, com músicos muito conhecidos ou artistas locais que recém se estão lançando. O tamanho não é o importante, senão que seja um festival variado, com muito entusiasmo e conscientização.”


Queridos devotos, recebam todo o meu afeto do Kumbha Mela em Allahabad. Mando esta mensagem para lhes contar de um novo projeto de pregação que foi estabelecido durante a nossa estadía no Kumbha Mela. É um programa de muito impacto às pessoas na qual todos os nossos templos podem participar. Trata-se da representação de personagens com figurinos conscientes que fizemos para o Kumbha Mela. Esta ideia se originou no Rio, onde participamos das manifestações a favor da consciência com atores que representavam a Mãe Terra, as multinacionais e a exploração dos animais.
Agora, para o Kumbha Mela, decidimos fazer mais personagens que têm roupas mais impactantes e tudo tem sido um êxito. Todos os dias aparecem na imprensa, na televisão e inclusive artistas famosos, autoridades do governo e líderes religiosos se fotografaram com eles.
Para a América do Sul temos que criar mais um personagem que represente a Revolução da Colher, cheio de colherzinhas e que as asas tenham mensagens de conscientização, como por exemplo: “Salvando aos animais dos experimentos de laboratório! Deixando de comer animais desnecessariamente! Protegendo aos animais dos esportes cruéis! Protegendo as fontes essenciais de água! Vegetarianismo não é uma opção pessoal, senão que uma ferramenta para salvar vidas!” O estilo dessas roupas é super chamativo, porque a própia roupa é muito colorida e com as mensagens incorporadas alí, as pessoas não podem deixar de olhá-las. Assim, para a América do Sul, quero que façamos os seguintes personagens:
·                    O Materialista: representa a exploração e a falta de consciência por parte das multinacionais.
·                    A Mãe Terra: repleta de mensagens sobre o abuso e descuido com a natureza.
·                    A Montanha: cheia de lixo e destruída pela mineração.
·                    A Árvore: que nos avisa sobre as florestas devastadas.
·                    O Rio Sagrado: foi contaminado pelas indústrias e pela inconsciência do lixo.
·                    A Vaca: como representante do reino animal explorada pela cobiça humana.
·                    A Revolução da Colher: promove a mensagem positiva de proteção aos animais e vegetarianismo.
·                    O Pacto Mundial Consciente: com a solução de todos os problemas anteriores. As vestes do Materialista, da Mãe Terra, da Revolução da Colher e do Pacto Mundial Consciente, têm grandes asas de tecido onde estão escrito as mensagens correspondentes. No momento em que eles desdobrem as asas, chama a atenção imediatamente, dando a impressão de um ser humano que se expande para os lados e parece uma borboleta.
A roupa do Rio Sagrado também impacta muito, pois se trata de uma jovem vestida com um sari muito bonito de cor viva, com uma coroa e decorações atrativas enquanto o véu de seu sari está cheio de lixos plásticos. Há certas mudanças e melhorias que se pode fazer nas vestimentas, por exemplo, o do Pacto Mundial Consciente e o da Mãe Terra é melhor fazê-los com círculos de papelão e não de arame e bambu como fizemos na Índia.
Nossa ideia principal para estes trajes foi ao ir visitar os Sadhus do Kumbha Mela e levar a mensagem ecológica, mas nestes dias organizamos uma obra de teatro com todos os personagens e foi muito bem recebida, tanto que apresentamos num encontro de acaryas do Mela em uma universidade em Varanasi. Meu desejo é que na América do Sul reproduzam esses personagens e também organizem uma peça de teatro com eles, com música muito bem selecionada e com coreografias, pois é uma excelente apresentação para Eco Yoga Festivais, feiras da Revolução da Colher, eventos de proteção da água, etc. Quero que os grupos de arte e teatro de diferentes templos criem vários livretos para esta obra e os compartilhem para expandir a pregação, os templos como Govindas´s Medelin, os grupos artísticos de Costa, Cali, Bucaramanga, Cúcuta, Lima, Quito, Santiago, La Serena, Antofagasta e São Paulo devem desde já trabalhar nas fantasias e nos livretos da peça. Assim podemos participar de uma forma ativa e artística dos eventos das organizações que promovem a consciência e o respeito à natureza e todos os seres, sendo parte da mensagem do Pacto Mundial Consciente de maneira muito positiva, colorida e sem agressividade.
 Quero que todos se preparem para isto sem nenhum pretexto, é algo muito importante que devemos ter funcionando em todos os lugares. Relatem os avanços deste projeto no Vrindanews, com fotos e vídeos de suas apresentações. Também quero que comecem a preparar os livretos para apresentar a obra: “O juízo da humanidade”, desta maneira mais doce e colorida, pois essa mensagem também se encaixa muito bem com a abordagem do Pacto Mundial Consciente.
Por outro lado, desejo lhes falar sobre um novo programa em conexão com o ativismo: trata-se dos Chaski Fest ou festivais de música e arte totalmente vinculados com o Pacto Mundial Consciente.
Chaski Fest é uma promoção intensa da Revolução da Colher e dos diferentes projetos de vegetarianismo em cada local, por exemplo: os restaurantes vegetarianos, a feiras orgânicas, os Eco Yoga Festivais, etc. Chaski Fest nasceu da necessidade de reunir tantos maravilhosos e variados artistas vinculados ao Pacto Mundial Consciente. Um Chaski Fest representa os antigos mensageiros da cultura Inca que corriam grandes distâncias para comunicar um povo com outro. Assim, os Chaskis atuais são verdadeiros mensageiros de consciência através da música e da arte. Um Chaski Fest não tem limitações, pode ser realizado a grande ou pequena escala, o mais importante é que é um instante de entuasiasmo e alegria onde o vegetarianismo, a proteção à Mãe Terra e o respeito entre os seres são as temáticas principais.
Durante este tempo, nos contatamos com músicos maravilhosos que estão muito entusiastas para visitar a América do Sul, um deles é o Vaiyasaki que vai começar o seu tour pelo Brasil e chegará até o México. Com ele podem organizar lindos Chaski Fest também. A Gita da Hungria também vai começar a viajar pela Europa e América do Sul levando a sua doce música e toda experiência que adquiriu neste tempo na Índia. Fantuzzi, Adam Baba e Deepak da Califórnia também foram convidados para participar. Só pelo fato de artistas como eles chegarem às nossas fazendas e que sejam recebidos com muito carinho e a melhor atenção já é uma realização. Ter artistas como eles é muito importante, pois só sua presença já é um Chaski Fest em ação. Quem comunga com os ideais do Chaski Fest é benvindo para partipar e injetar energia cultural consciente mediante estes eventos.

O que precisamos listar para um Chaski Fest?

·         Ter cópias de (pelo menos) um disco de cada artista. Isso se pode conseguir com o S.E.V.A. local ou produzi-lo se não estiver disponível;
·         Imprimir cartazes do evento dependendo do tema ou do Chaski Fest. O ideal é fazer uma boa promoção do festival para que as pessoas saibam a tempo. Se o seu evento for pequeno, pelo menos se assegure de que todos os restaurantes vegetarianos e os centros de yoga do setor tenham a informação necessária;
·         Promover o evento pela internet, enviando a programação a todos os contatos dos programas de vegetarianismo, etc.;
·         Enviar informação do festival à página http://chaskifest.com/ para que seja promovido a tempo e inclui-lo na programação da web. Uma vez realizado o evento, devem enviar fotos e vídeos para publicá-los na página. Anualmente devemos chegar a ter de 100 a 150 Chaski Fest grandes e pequenos;
·         Levar todos os materiais vinculados: Okis, arsenal da Revolução da Colher, música e tudo o que estamos produzindo para o bem-estar das pessoas, especialmente muita prasada para distribuir;
·         Convidar aos artistas locais vinculados com a causa;
·         Listar todos os figurinos conscientes e as apresentações de teatro com eles, para fazer uma forte difusão dos valores que o Pacto Mundial Consciente e todas as organizações relacionadas promovem.

Chaski Fest não está condicionado só a grandes eventos, não há limite enquanto a isso, com músicos muito conhecidos ou artistas locais que recém se estão lançando. O tamanho não é o importante, senão que seja um festival variado, com muito entusiasmo e conscientização. Cada templo da nossa Missão deve ser capaz de iniciar um Chaski Fest, templos pequenos podem fazer festivais pequenos e templos com maior condição podem fazer grandes festivais; todos devem fazer. Não há desculpas para não realizar um lindo evento cheio de alegria, música e arte consciente. Devem estar preparados para qualquer momento em que chegue um Chaski visitando a sua cidade, também podem começar a realizar encontros com os músicos locais.
Para começar, é possível organizar um Chaski Fest nos salões que oferecem os municípios ou as cidades que têm um preço muito baixo ou inclusive são gratuitos. No caso dos restaurantes vegetarianos grandes, também podem ser usados para um festival. Deve levar em conta que a maioria dos Chaskis que vai visitar, não vai cobrar por sua participação, mas sim devemos colaborar com a venda dos CDs nos festivais e com a compra das passagens pelas terras próximas ao templo que visitem. Todo este sistema deveria funcionar sem problema.
Assim como cada templo, restaurante vegetariano, academia de yoga ou centro de pregação tem um líder, deve existir um encarregado local do Chaski Fest que deve estar em contato permanente com a Oficina de Lima e dar todos os detalhes dos seus eventos; eles têm que desenvolver uma base de dados com todos os músicos e artistas locais que possam participar dos eventos. Se bem que os Chaski Fest são claramente promovidos pelo vegetarianismo, podem realizar também Bhakti Fest que são totalmente espirituais.
Com tudo isso se pode fazer algo muito lindo, só é necessário que façam um grande esforço para que se torne realidade. Este é o meu desejo e asseguro que vai gerar um aumento nas atividades para a conscientização das pessoas. Compartilhem esta mensagem com toda a comunidade e se comuniquem com os encarregados para relatarem as suas notícias.

Com todo o meu afeto.
Seu sempre bem-querente,
Swami B. A. Paramadvaiti.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Salvando-nos das loucuras graças à misericórdia de Srila Prabhupada


Salvando-nos das loucuras graças à misericórdia de Srila Prabhupada


“Srila Prabhupada tem toda a razão ao dizer que este mundo é “o mundo dos loucos”, pessoas enlouquecidas por tantas coisas: buscando lugares de prestígio, brigando por títulos universitários que certificam suas maluquices em um matadouro da alma e que lhes farão sentir superioridade em relação aos outros. Mas ninguém pode ser melhor do que outro se não estiver fazendo felizes aos demais.”


            Queridos devotos, recebam o meu afeto do Kumbha Mela. Srila Prabhupada ki jay.
            Antes de começar o chat de hoje, quero compartilhar com vocês um pequeno relato da nossa estadia no Kumbha Mela. É uma reflexão deste mês que completamos aqui. Reunir-se com pessoas importantes toma muita energia, nunca fiz este serviço antes. Só me dediquei a encontrar pessoas normais e pregar a elas. Sinto que tenho a habilidade de causar uma boa impressão nelas, mas não tenho o tempo para manter a relação com as pessoas importantes.
            Aqui fizemos bons contatos para a Ganga Action Parivar e isso gerou para que nossa maravilhosa equipe esteja diariamente na televisão e nos jornais locais. Isto é incrível e a melhor coisa é que a limpeza do Yamuna e do Ganges é o tópico comum. Por isso, eu decidi estar durante todo o Kumbha Mela e me encontrar com mais pessoas maravilhosas dia-a-dia.
            O que virá mais para frente? Quem sabe. O que sim sabemos é que somos instrumentos da Graça de Krishna, certo? O Pacto Mundial Consciente, do qual somos membros, tem sido mais que introduzido e apreciado na Índia, agora virá o tempo em que teremos que trabalhar tudo isso para a América do Sul.
            Hoje de manhã escutamos uma aula muito especial de Srila Prabhupada. Nela, Srila Prabhupada dizia que o trabalho de um Vaishnava é fazer com que as almas condicionadas retornem à sua posição de nitya-siddha ou almas eternamente rendidas.
            No mundo material todos andam como loucos, por isso devemos buscar pessoas sãs que nos guiem e nos ajudem a sair dele. Sair da condição de nitya-baddha para se converter em nitya-siddha, só pela misericórdia dos Vaishnavas. A loucura do mundo material é muito fácil de ver em muitos exemplos práticos, só basta pensar nos bêbados, nas pessoas cegas por jogos de azar, nos fanáticos por algum tema (futebol, por exemplo) ou em qualquer coisa por estilo. Felizmente, ainda existem pessoas que são capazes de ver estes problemas e querem ajudar a solucionar.
            Sem dúvidas há muitos tipos de loucura, que facilmente ficamos impressionados ao aprofundar um pouco mais neles. Outro exemplo é a autoexploração do corpo que fazem os atletas inconscientes. Poderíamos pensar que um atleta é alguém saudável que mantém um bom estilo de vida, mas não, nem sequer os atletas se liberam de tanta loucura. O dopping é um escândalo muito frequente entre os esportistas, onde eles tomam pílulas para fazerem o corpo mais resistente e não sentir cansaço, permitindo se render mais do que o normal. Claro, nessas condições se tornam melhores atletas do que outros, mas não por treinamento senão que por estarem drogados. Assim, a competência esportiva não é mais que uma farsa, e ao fim não vale dizer que ganhou o tour da França com barbitúricos porque não é algo real. O mundo dos atletas só está embrulhado em fama e dinheiro, nem sequer são capazes de cuidar de seus corpos; se intoxicam e se prejudicam por fazerem movimentos repetitivos e exagerados que logo no futuro não serão capazes porque envelhecerão igual.
É incrível a diversidade da loucura no mundo material. Srila Prabhupada chama de loucura e esse é um conceito bastante forte. Mas, realmente se dá conta que é uma loucura tudo o que acontece aqui quando se vê como as pessoas gastam dinheiro nas coisas sem sentido das que poucos se beneficiam, além das páginas dos jornais, enquanto as empresas de álcool promovem assegurados que as pessoas vão se embebedar para celebrar.
A este chat podemos dar o título: “Salvando-nos das loucuras graças à misericórdia de Srila Prabhupada. Com esta má consciência, o conceito de “Vida simples e pensamento elevado” estabelecido por Srila Prabhupada é desprezado por completo, enquanto se promovem as coisas completamente equivocadas. As corporações e as multinacionais são outro exemplo das loucuras atuais. A venda da comida lixo (junk food) que mantém viciado a meio mundo e com isso a corporação que a maneja consegue o que quer; enquanto os políticos são representantes dessas mesmas corporações que patrocinam sua campanha, em vez de serem representantes do povo e dos interesses comuns. Tudo isso é terrível, e não faz mais que confirmar que o mundo longe de Krishna é uma loucura onde os loucos seguem proliferando.
            Um terceiro exemplo é o mercado de armas e de narcóticos, onde se aplica a mesma lógica: a dos loucos interessados somente em ganhar dinheiro fazendo a vida de outros completamente miserável. E como existe a lei do karma, todas essas misérias vão regressar a eles com plena segurança. Srila Prabhupada tem toda a razão ao dizer que este mundo é “o mundo dos loucos”, pessoas enlouquecidas por tantas coisas: buscando lugares de prestígio, brigando por títulos universitários que certificam suas maluquices em um matadouro da alma e que lhes farão sentir superioridade em relação aos outros. Mas ninguém pode ser melhor do que outro se não estiver fazendo felizes aos demais.
            Um quarto exemplo das loucuras atuais é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma que o principal problema na saúde das pessoas hoje em dia é a instabilidade mental. Isso quer dizer que o estado psicológico das pessoas está muito degradado. E o que fazem com isso? Inventam uma bateria de calmantes e happy pills (pastilhas de felicidade) para manter as pessoas aparentemente “felizes” e agradecidas com os psiquiatras que as receitam enquanto lhes tiram um monte de dinheiro. Ao fim, todas essas pílulas não fazem mais que cobrir a verdadeira doença de não ter Deus e só gera mais loucura. Assim, a sociedade promove tudo o que gera engano e falsidade. Um exemplo claro disso são os meios (irresponsáveis) de comunicação, a TV, a indústria do cinema. Você mesmo pode se perguntar quanto destas loucuras deve fazer para se tornar assim louco, e a resposta é que com só um pouco já ficamos completamente desfocados com sua consciência. Nitya-baddha são as almas eternamente condicionadas à loucura que necessitam de um nitya-siddha como Srila Prabhupada que veio para nos salvar de tudo isso. Essa é a missão dos Vaishnavas, podemos seguir apontando loucuras para ficar mais espantados com o mundo material e correr com mais ansiedade aos pés dos Vaishnavas.
            Uma das loucuras maiores e que se faz a cada dia mais frequentes é o vício às cirurgias estéticas. Aí sim se nota o grau total de loucura ao não serem capazes de aceitar o corpo que por misericórdia (e karma) se conseguiu e querer mudá-lo drásticamente só para desfrutar mais com ele. Assim, as pessoas põem plástico em seus corpos para terem lábios mais grossos, peitos maiores, glúteos mais atrativos. Imaginem isso: introduzir plástico ao corpo, uma completa loucura. Tudo isso é um trabalho para loucos, mas os que se submetem a estas intervenções, sem dúvidas são os mais loucos. E não só as mulheres, isto se faz a cada dia mais frequente em homens também, que fazem coisas estúpidas como fazer uma linha no queixo para que fiquem mais atrativos. O pior é que as pessoas que têm menos recursos e não podem colocar plástico de alta qualidade (silicone) tenta com todo o tipo de elementos que são ainda mais prejudiciais para a saúde. Há caso inclusive que se injetam óleo de aviões para “melhorar” alguma parte do corpo. Novamente podemos ver que a afirmação de Srila Prabhupada era completamente certeira ao chamar “loucura” a todos estes atos.
            Assim, todas as loucuras se baseiam no desejo de artha (riqueza), kama (desfrute) e moksa (liberação). Cobiçar dinheiro e aparentar dele, explorar o próprio corpo e os dos outros só para desfrutar sensualmente e buscar a liberação dos modos mais inconscientes são só mais exemplos do mesmo. A graça em tudo isso é que os devotos muitas vezes são também chamados “loucos”, porque não são parte das loucuras aparentemente “normais” do mundo material. São chamados loucos por trabalharem em serviço à Mãe Terra e por tentarem se render aos Pés de Lótus de Sri Caitanya Mahaprabhu e dos Vaishnavas cantando:

Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare

            De coração agradecemos a Srila Prabhupada por nos salvar destas loucuras de Kali Yuga. E seguimos nesta humilde tentativa de pregar e cantar os Santos Nomes de Krishna.
            A final das contas, as pessoas imersas em sua loucura não estão mais que buscando a felicidade da alma, por isso devemos ser muito compassivos com elas. Compassivo significa pregar sem parar para levar a mensagem de Mahaprabhu a cada aldeia e cidade.
            Assim, queria compartilhar que hoje nos levantamos de manhã cedo com estas palavras de Srila Prabhupada, onde enfatizava que devemos ser compassivos com os nitya-baddhas e conectá-los com a mensagem eterna que permitirá voltar ao seu estado original de nitya-siddhas: de eternos servos do Senhor Supremo. Agradeço por serem parte deste grupo lindo e lhes peço que não poupem esforço para continuar sua valiosa tarefa de pregar a mensagem de Srila Prabhupada.
            Com todo o meu amor do Kumbha Mela.
            Jay Srila Prabhupada!

            Seu sempre bem-querente,
            Swami B. A. Paramadvaiti.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

A responsabilidade


A responsabilidade



“A única coisa genuína que temos é a honestidade. A educação sem sinceridade não tem sentido, é só falsidade. Nós devemos nos tornar personificações desta genuína sinceridade. Lute com Amor pelo Amor. Pelo menos por não se maltratar a Mãe Terra e seus seres é um bom começo. Quando dizemos Mãe é porque na realidade nos referimos à nossa Mãe, que nos abriga e nos entrega tudo o que precisamos desde que nascemos.”


            Queridos devotos, saudações do Kumbha Mela. Hoje fizemos o snan (banho) principal do Kumbha Mela com a boa companhia de Caturvedi Swami, quem fez o sankalpa muito lindo e longo. Terminando com a invocação do Senhor Narasimhadeva para o êxito da família Vrinda e todos os que estão juntos a nós. Essa é uma bênção muito linda que recebemos: esta linda família de pregação. Podemos ver que temos muito trabalho à diante, muito serviço para fazer. Vocês têm a chance de pregar no lugar mais lindo do mundo: América do Sul. É muito lindo, porque lá as pessoas querem conhecer sobre Deus, sobre a Consciência de Krishna, pois são de origem oprimida, não são de consciência exploradora.
            Nestes dias alguém me escreveu uma carta dizendo: “espero que esteja bem juntos aos seus devotos” e isso me deixou pensando que vocês não são “meus devotos”, são os devotos de Krishna e Srila Prabhupada.
            Hoje quero compartilhar uma mensagem muito especial do Kumbha Mela. Meus poros estão cheios de desejo em compartilhar com todos o espírito do Amor de Krishna na forma de tomar responsabilidades na vida. A responsabilidade é necessária em todos os âmbitos:
·         Responsabilidade social dos meios de comunicação;
·         Responsabilidade social na indústria;
·         Responsabilidade das pessoas que trabalham como administrativos da sociedade;
·         Responsabilidade de todos que estão vinculados com a espiritualidade;
·         Responsabilidade dos líderes da família vaishnava.
Na verdade, há muito mais responsabilidades para tomar das que somos capazes de cumprir, mas só de se ter a intenção em cumprir com o que os toca, já é a metade do caminho. A responsabilidade vai de mão em mão com a honestidade e com o reconhecer que somos instrumentos de um Criador, ou seja, que não somos nós os criadores. Um exemplo de algo gracioso:
Na Alemanha despojaram a Ministra da Educação do seu cargo por “ter copiado citações sem referência” em sua tese de doutorado. E a pergunta é: “O que é realmente próprio dos seres humanos? Quem pode reclamar da autoria de algo?” O conceito de “propriedade intelectual” ou de autoria não é mais que uma história de “egos torcidos”. E é esse ego torcido e má concepção de se acreditar dono de algo que dirige a mentalidade exploradora que levou a “conquistar” povos em nome de um suposto progresso mal entendido. Quem sabe algum dia fosse reconhecido que se equivocaram ao devastar e tirarem de suas terras os povos da América Latina e começassem a devolver tudo o que roubaram por todos os lados. Esse é um falso critério de honestidade.
Acaba dirigindo o seu critério baseado nos ensinamentos dos Mestres do Egoísmo, pois somente os que atuam para o bem de todos se liberam de tal egoísmo. A única coisa genuína que temos é a honestidade. A educação sem sinceridade não tem sentido, é só falsidade. Nós devemos nos tornar personificações desta genuína sinceridade. Lute com Amor pelo Amor. Pelo menos por não se maltratar a Mãe Terra e seus seres é um bom começo. Quando dizemos Mãe é porque na realidade nos referimos à nossa Mãe, que nos abriga e nos entrega tudo o que precisamos desde que nascemos. Como está declarado no Sri Isopanisad: “Devemos aceitar a cota que foi designada para nós e reconhecer a quem pertencem as coisas.”
As relações com os demais, com o redor, com os animais, são outra forma de demonstrar nossa responsabilidade.  Toda esta tentativa de ser responsáveis na vida e com a vida devemos oferecer a Sri Krishna como uma tentativa de serviço aos Seus Pés de Lótus. O que fazemos então com as nossas relações? Toda relação com outros devemos oferecer aos Pés do Senhor. Todo nosso atuar deve estar oferecido aos Pés do Senhor, evitando nos afastar da Sua Doce Vontade. Esta é a meditação que desejo compartilhar com vocês hoje, como criar um ambiente favorável para que mais pessoas se apaixonem por estes ideais estabelecidos por nossos próprios acaryas.
Deixo todo o meu afeto a vocês do Kumbha Mela.
Jay Srila Prabhupada!

Seu sempre bem-querente,
Swami B. A. Paramadvaiti

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os Sannyasis


Os Sannyasis



Eu sempre digo aos meus sannyasis que, por favor, sejam ou não sannyasi, o mais importante é que sejam felizes em Consciência de Krishna e sigam lutando.”


            Queridos devotos. Recebam minha afetuosa saudação do Kumbha Mela. Srila Prabhupada ki jay!
            Estes dias tivemos um lindo serviço ao visitar muitos acaryas de diferentes sampradayas e akaras, levando a eles a mensagem ecológica de proteção dos Rios Sagrados. Tivemos dois dias intensos de saída para visitar os acampamentos do Kumbha Mela com Harinam, os disfarces que representam o Ganges, a Mãe Terra, as florestas desmatadas, as multinacionais materialistas e a mensagem do Amor Universal. Tudo isso causou um ótimo impacto, fomos sempre muito bem recebidos e todos apoiaram a mensagem ecológica e se sentiram parte dele.
            O Kumbha Mela é uma reunião impressionante de sábios e pessoas que buscam a espiritualidade. Claro, sempre há alguns que só buscam autopromoção, mas em geral tem sido uma experiência muito bonita. Nestes dias estava lendo um pouco mais sobre o Kumbha Mela e alguns autores dizem que não sabem de quando nem como começou esta reunião, mas notavelmente representa uma tradição onde tudo se dá só por imitação ou onde os seguidores não sabem do que se trata ou onde não se pratica absolutamente nada. Este é um lugar muito especial. Estamos bem em frente ao lugar onde os três rios sagrados se unem: o Ganges, o Yamuna e o Sarasvati; este lugar é chamado Triveni e todos os dias se adora e se faz puja. Assim, oferecemos nossas mais humildes reverências ao lugar sagrado onde nos encontramos agora, este lindo Triveni.
            Eu quero agradecer profundamente aos devotos e às devotas que estão aqui no Kumbha Mela fazendo tapasya e representando os seus personagens com os lindos disfarces que fizeram à mão por mais de um mês, trabalhando duro em Vrindavan para vir pregar aqui. No passado, o Kumbha Mela foi um lugar de pregação dura dos nossos acaryas. Srila Prabhupada esteve neste mesmo Kumbha Mela de Allahabad nos anos 70. Srila Bhakti Dayita Madhav Maharaj estabeleceu em seu math a pregação nos Kumbha Mela de Haridwar. Assim, os Vaishnavas também estiveram presentes nos Kumbha Mela, cantaram os Santos Nomes e levaram a misericórdia de Caitanya Mahaprabhu a todos os lugares. Por outro lado, queria compartilhar uma reflexão sobre uma conferência de Srila Prabhupada que escutei esta manhã:
            Um sannyasi que havia tido uma prova forte em seus votos perturbava a Srila Prabhupada sobre o que deveria fazer um sannyasi quando tivesse uma queda. Então, Srila Prabhupada contou a história de Chottam Haridas, quem teve que se afastar da associação de Sri Caitanya Mahaprabhu por ter tido desejos por uma madre. Em essência não aconteceu nada, mas Mahaprabhu era tão estrito com isso que “rejeitou” a sua associação. Chotta Haridas se sentiu desesperado, foi ao Triveni e se afogou lá, mas estava tão apegado a Mahaprabhu que voltou para aparecer diante dele na forma de um gandharva. Dessa maneira, este sannyasi, Vishnujana Swami, que era muito querido por todos, logo ao escutar isso de Srila Prabhupada, deixou suas coisas e desapareceu. Dias depois, uns brahmanas encontraram um corpo nas proximidades, mas nunca se soube se foi ele ou não. Logo que Srila Prabhupada soube disso, ficou muito triste, disse que não era disso que se tratava, que preferia que se casasse e seguisse servindo na sua missão. Assim, Vishnujana Swami ficou como um exemplo de seguidores de Prabhupada que queria estar com ele sempre e se arrependeu muito de não poder seguir com sua sannyasa. Por isso, eu sempre digo aos meus sannyasis que, por favor, sejam ou não sannyasi, o mais importante é que sejam felizes em Consciência de Krishna e sigam lutando, porque ser sannyasi em Kali Yuga é bem difícil. Sempre tem que seguir em frente, pregando e pregando, lutando e lutando. Os sannyasis sempre passam muitas provas, porque eles trabalham com pessoas novas e bonitas, cuidando das fazendas, dos centros de pregação e dos templos. Assim, oramos muito por nossos sannyasis, pedimos que sejam firmes, porque eles são um grande apoio para expandir a Consciência de Krishna.
            Há um tempo, havia um sannyasi que não sabia o que fazer com a sua sannyas, mas não sabia nem qual era o seu problema. Então, disse que coletaria 10.000 dólares e logo que coletasse por si próprio, pensaria se doaria à Missão de Sri Caitanya ou utilizaria para fundar uma família. O processo espiritual não se trata de não ter nada e não saber o que fazer, este caminho, e especialmente o de sannyas, é para servir. Esta é uma ordem e linda tradição de serviço.
Aqui, no Kumbha Mela, vimos muitos sannyasis, mas quantos são realmente estritos em seus votos na vida privada? Isso só quem sabe é Paramatma, mas há muitos que querem ser sannyasis, é algo notável, aqui podemos ver. Um sannyasi é uma peça para levantar uma Missão. Eu estou muito agradecido com todos eles. Os sannyasis na Venezuela, Equador, em todos os lados fizeram coisas muito lindas, por exemplo, nosso Narayan Maharaj, ou o querido Damodar Maharaj, nosso Ashram Maharaj, Tirtha Maharaj, Yajavar Maharaj, também está Goswami Maharaj pertinho do Chile, todos eles são muito importantes. A eles nossos respeitos, admiração e orações.
Neste Kumbha Mela encontramos de tudo, sem dúvida, como Sri Caitanya Mahaprabhu disse: “Nesta Era, o nosso dever é cantar, Harinam Yagna, Yuga Dharma. Todo mundo pode cantar os Santos Nomes e vimos inclusive os impersonalistas cantam o nome de Govinda e Gopal. O trabalho que fizemos durante estes dias terá uma repercussão muito importante na América do Sul. Toda a pregação que estamos fazendo é em conjunto com Ganga Action Parivar e o Pacto Mundial Consciente. Eles criaram uma base muito linda para trabalhar. A particularidade do Pacto Mundial Consciente é que é um pacto de muita determinação, até certa agressividade positiva pelas temáticas que trata, mas mais que agressividade é uma determinação constante por proteger os valores que se promovem. Um amor determinado em defesa da natureza, dos animais e dos seres humanos. Esse é o forte da filosofia que nossos acaryas nos ensinaram: fazer as coisas com amor, sem nos desanimar e sem violência. O mais importante é que devemos ser sistemáticos para que as coisas resultem bem. Desejo que façam sua melhor tentativa em cada um de seus serviços, tentando ser o mais sistemático possível em tudo o que fazem e com o maior amor possível. Todo o meu afeto do Kumbha Mela.
Não esqueçam de compartilharem o néctar do sankirtan na página e relatar a distribuição de Okis e mensagens de consciência em seus lugares de serviço. Um grande abraço. Jay Srila Prabhupada!

Seu sempre bem-querente,
Swami B. A. Paramadvaiti.