domingo, 16 de dezembro de 2012


Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta

Vrinda Kuñja, Índia


“Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta é um purificador que insiste que a Verdade é o mais importante, que ensina e obedece a Lei Divina e que dá o Amor Espiritual a todos.
Ao confrontar quem tinha uma mentalidade demoníaca, era forte como um raio, mas em suas relações pessoais afetivas, seu coração era mais suave que uma flor.

           
Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta não é nem sequer mencionado nos livros das escolas de Bengal, sua terra natal, principalmente porque o governo comunista de Bengal não queria animar ninguém à espiritualidade, só dão reconhecimento aos trabalhadores sociais e cientistas. Mas o trabalho de Prabhupada Bhaktisiddhanta foi muito transcendental, exatamente o que o mundo necessita nesta situação atacada pelo materialismo. Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta é um purificador que insiste que a Verdade é o mais importante, que ensina e obedece a Lei Divina e que dá o Amor Espiritual a todos.
            Já pode imaginar que entre os políticos e comerciantes sua contribuição não é muito conhecida, de fato, quando Subhal Candra Bose, o revolucionário de Bengal, falou com Prabhupada Bhaktisiddhanta, lhe propôs a mandar seus brahmacaris à guerra contra os britânicos e a isso Prabhupada respondeu que seus discípulos eram todos “muito fracos e não seriam capazes de fazer nada”, assim, seria melhor deixá-los no monastério. Mas Prabhupada Bhaksiddhanta mandou estes “fraquinhos” para pregar no planeta inteiro e abrir 64 Gaudiya Maths na Índia, ele promoveu a ideia que a independência não era de um sistema político, senão que melhor, significa deixar de servir Maya. Isto também se expressou quando Srila Bhaktivedanta Prabhupada “alegou” ao seu Guru perguntando quem escutaria a mensagem de Sri Caitanya enquanto a Índia continuasse sendo uma nação colonizada. A isto Prabhupada Bhaktisiddhanta respondeu que no momento de um incêndio ninguém dá atenção se o que traz a água para apagar o incêndio está vestido ou não. Assim, Srila Bhaktivedanta Prabhupada aceitou as palavras de seu Guru e mudou de ideia.
            Esta grandiosa personalidade está permitindo a nós, almas comuns e correntes, em poder servir em memória a importância deste grande devoto puro de Krishna. Claro, um estudo sobre sua vida é algo muito auspicioso, porque no leva para passar pela doçura de seus passatempos. Sua mensagem foi muito intensa, porque assim era sua vida e sua personalidade.     Em 1898 Srila Prabhupada teve o seu primeiro darshan de Srila Goura Kishor das Babaji em Svananda Kuñja, em Godrum. Imediatamente ficou extasiado ao escutar uma canção de Babaji, a que havia sido composta por ele mesmo e possuía intensos sentimentos de amor. Mais tarde, Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta escreveu esta canção e a distribuiu aos demais. Esta canção estava dirigida a Srimati Radharani e dedicada a Srila Radhunath das Goswami.
            Em sua visita a Sri Vrindavan Dham, em 1935, Srila Bhaktisiddhanta Prabhupada foi a Radha Kunda. Nesse tempo, para servir apropriadamente a Sri Vraja Mandal, começou uma reunião para pregar as glórias de Sri Vraja Dham, chamada Sri Vraja Dham Pracarini Sabha. Inspirados nesta associação e considerando o estado calamitoso do Dham (especialmente o Rio Yamuna), nós participamos na fundação da Vraj Vrindavan Heritage Alliance buscando envolver muito cidadãos.
            Srila Prabhupada era muito afetivo com seus discípulos e se soubesse que algum deles estivesse aflito por Maya, derramava muitas lágrimas. Ao confrontar quem tinha uma mentalidade demoníaca, era forte como um raio, mas em suas relações pessoais afetivas, seu coração era mais suave que uma flor. Se em qualquer um de seus maths algum de seus serventes tivesse que enfrentar alguma dificuldade devido à falta de dinheiro, Srila Bhaktisiddhanta Prabhupada se preocupava em solucionar este problema. Seu afeto não podia ser comparado nem ao de milhões de pais ou mães, se alguma vez seus discípulos se sentissem tristes ou miseráveis, logo que se sentasse próximo dele, desaparecia toda a tristeza graças à chuva de seu afeto ilimitado. Como descrever uma semelhante personalidade de forma apropriada? Pois vendo a seus devotos puros e sua conduta, podemos compreender que ele era um “raio de Vishnu” mesmo, capaz de nos salvar dos repetidos nascimentos e mortes.
            Assim, nos sentimos muito afortunados nesta revista e neste museu, e oramos a Srila Bhaktisiddhanta Prabhupada para encontrar as palavras adequadas para que as pessoas se apaixonem por ele e que possam apoiar a campanha para se alcançar algo para ele com pleno reconhecimento: um parque ou qualquer lugar em um espaço público que dê reconhecimento a sua contribuição neste mundo.
            Como estamos neste mês de maratona, também mandamos nosso abraço a todos os grandes servidores de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur que estão espalhados pelo planeta. Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta ficava extremamente feliz quando um brahmacari distribuía uma ou duas revistas das que produziam nas impressoras. O que dizer de como ficaria feliz sabendo das imensas quantidades de livros que têm sido distribuídas por todos estes anos no planeta. Um processo que ainda não terminou e não vai terminar, porque seus livros são espetaculares para despertar as almas dormidas. Sendo assim, mando a vocês esta carinhosa bênção por parte de seu bisavô Srila Bhaktisiddhanta Prabhupada para seguirem estudando a filosofia e praticando a pregação e, por favor, não a deixem nunca em sua vida, a não se se encontrarem algo mais importante e se isso ocorrer, não sejam mesquinhos e avisem, por favor.
            Hoje estivemos em uma reunião da BVHA sobre o tema da limpeza e pudemos ver que os trabalhos de Vrindavan são bonitos e complicados. Esperamos que vocês possam ler este livro de Srila Prabhupada e logo a revista, e se apaixonem o suficiente pelo seu bisavô e também de seu avô, Srila Bhaktivedanta Prabhupada. Eu, pessoalmente, escuto o meu Gurudeva todas as noites e quando desperto e ele está ali pregando, me sinto a pessoa mais afortunada na Terra.
            Que Krishna os acompanhe sempre e me permita vê-los muito em breve para lhes entregar tudo o que temos recebido neste tempo. Em conexão com isso, quero oferecer meu carinho e agradecimento ao p. Vaishnava e ao p. Vidya Tirtha que têm produzido os “Sons que curam”, uma pequena tentativa de dar conselhos de alívio às pessoas em apuros, intercalando com música de diferentes tradições místicas que levantam o espírito. Todo este material está à disposição da Casa da Sabedoria, doentes, Oidaterapia, presos, ou quem que goste de escutar. São produções de 6 horas que podem manter em um só CD que também é um bom presente. Também se pode por em um memory stick e as pessoas podem escutar diretamente. A m. Vraja Bhumi, mãe de Caitanya dd do México, escutou estas meditações sem parar durante os últimos dias de sua vida. Agora chega a hora de experimentar em muitas oportunidades e acumular testemunhos das pessoas sobre o que aconteceu com elas.
            Por outro lado, quero contar sobre a experiência linda do primeiro encontro nativo, de muitas diferentes tribos da Colômbia e de outros países que tiveram lugar em Varsana Dham junto com os que construíram uma KIVA, um círculo de 13 metros de diâmetro ao lado do templo de Suas Senhorias Sri Sri Guru Gouranga Radha Vrajesvara. Este círculo tem 13 metros, está ao lado do nosso círculo dos trulys, o Santuário Vaishnava ao lado do Santuário Cósmico da Mãe Terra. Este grupo de nativos nomeou aos devotos de Krishna como uma das tribos originárias nativas devido a sua contribuição à Consciência Ancestral. Essa foi uma honra inesperada de receber tanto carinho e respeito por parte das comunidades nativas da América do Sul que nos dão uma grande boas vindas à comunidade e seu trabalho da proteção de mais de 100 etnias na Colômbia e América do Sul.
            Até agora nós pregamos principalmente aos “colonos”, os homens brancos que não luzem muito simpáticos aos nativos (porque são os descendentes de seus opressores e ainda os tem afastados). Assim, sua aceitação é um fato histórico e espero que possamos aceitar de uma boa forma, da mesma maneira em que se deu este evento, onde todos eles receberam toda a misericórdia do prasadam. Muitos deles admitiram que seus antepassados eram praticamente vegetarianos, logo, o prasadam conquistou a todos por igual. Uma coisa que me contou o p. Jayati é que todos os nativos circundaram Suas Senhorias Radha Vrajesvara e declaram Varsana como um santuário da terra, e não só isso, a KIVA está ativada para fazer cerimônias durante 4 anos.
            Por fim, desejo que tenham uma linda e saudável maratona para que as pessoas recebam suficiente amor por parte dos vaishnavas. Com estas palavras me despeço de vocês hoje da oficina de Vrinda Kuñja onde estamos muito animados nos preparando para a pregação que se iniciará logo quando as costureiras terminarem as vestimentas do “Maior drama da história”: um Kumba Mela Verde revolucionariamente consciente.
            Jay Srila Prabhupada.
            Seu sempre bem-querente,
            Swami B. A. Paramadvaiti.

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