domingo, 24 de julho de 2016

As qualidades de um servidor da humanidade




“O conhecimento sobre a sabedoria do ser, sobre o amor e sobre os valores positivos como a compaixão, o agradecimento, etc, deve ser sempre compartilhado.”



Meus queridos devotos.
Um servidor da humanidade tem que ser um servidor da família, que é a primeira unidade social do mundo que nos rodeia. Isso inclui o pai, a mãe, os irmãos e a todos aqueles que estejam próximos a nós.
Um servidor da humanidade é como uma filial do amor que segundo  o lugar onde vive terá diferentes tarefas, se chegar a um santuário natural e perceber que está cheio de lixo plástico, seu serviço à humanidade se transforma em recolher este plástico e buscar um sistema para reciclá-lo e assim evitar que nos afoguemos nele. Promover comida sã ao seu redor por meio da agricultura orgânica e da permacultura é outro grande serviço à humanidade. Convencer às pessoas a viverem sem a influência de produtos químicos e sem se deixarem levar pela cultura de consumo é também um serviço à humanidade. Ensinar as pessoas a curarem suas vidas mediante o cultivo espiritual se convertendo em um médico da alma é um serviço à humanidade.
Só pelo fato de ajudar a uma pequena parte do universo a melhorar é um grande serviço à humanidade. Ajudar aos animais que sofrem é um serviço à humanidade. Tornar-se vegetariano ou vegano é totalmente um serviço à humanidade e a todo o meio ambiente (se diz que cada novo vegetariano faz que o mundo se torne um lugar mais seguro). Em outras palavras, o converter-se em um exemplo de pessoa fiel aos seus ideais é diretamente um serviço à humanidade.
O questionar e aprofundar-se no objetivo da vida e perguntar-se qual é a razão pela qual estamos neste mundo e para onde devemos nos direcionar também é um serviço à humanidade. Porque a vida humana é a grande oportunidade que temos para encontrar resposta a tais perguntas. Cada vez que distinguimos a resposta aos questionamentos essenciais da vida e o compatilha com os outros também está fazendo um serviço à humanidade, da mesma forma que se tenho comida e água é meu dever compartilhá-las com com aqueles que não as tem. Desta forma, o conhecimento sobre a sabedoria do ser, sobre o amor e sobre os valores positivos como a compaixão, o agradecimento, etc, deve ser sempre compartilhado.
Um serviço para a humanidade pode ser que às vezes não seja reconhecido por outros, isso não importa, pois nosso Criador sempre é consciente de todos os esforços que fazemos pelo bem-estar de outros. Ele sabe tudo o que pensamos e falamos, o que dizer do que fazemos. Quando queremos servir a uma planta, sabemos que devemos por água em suas raízes, não conseguiremos satistazer a planta ao colocar apenas uma gota em cada folha, isso não dará resultado. De forma semelhante, para servir a humanidade e alcançar a perfeição da vida, devemos nos aprofundar no canto dos Nomes da Verdade infinita na tradição mais próxima da fé individual.
Este grande processo chamado “louvor” (ou “kirtan” em sânscrito) é a apresentação da alma ante o Infinito, se reconhecendo como um servidor humilde que pede para se tornar um instrumento de Seu amor. Este é um processo que abre os canais de comunicação com a divindade, tanto para cima como para dentro. A conexão com os Santos Nomes de Deus é o meio que nos leva internamente para agradecer intensamente ao Infinito, porque qualquer potencial ajuda que possamos dar à humanidade não vem de nós, senão do Absoluto que nos permite ser parte de Sua grande sinfonia. Por isso, à medida que através do canto do Santo Nome me conecto com o Infinito, tenho mais chance de me converter em um instrumento e servidor de Seu amor para a humanidade.
Isto é o que aprendi do meu mestre espiritual Srila A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada.

Com todo meu afeto,

Swami B. A. Paramadvaiti.

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