domingo, 16 de abril de 2017

O futuro da Missão Vrinda




“Confiemos, o amor e a confiança são a oportunidade”


Conferência de Srila Guru Maharaj Paramadvaiti Swami do dia 16 de abril de 2017 no Mela da Alemanha. Vídeo disponível em inglês no YouTube. Texto traduzido do espanhol.


Há muitas coisas que quero dizer. Alguém me perguntou: “Por que você está cantando tão poucos estes dias?”, a razão é que quero escutá-los cantar, e também porque vocês cantam mais bonito que eu. Creio que não é justo. Eu sei que por sua bondade não são de acordo, mas não podemos argumentar as opiniões sobre os gostos e a arte, e ao mesmo tempo eu tenho que confessar que gosto de cantar, e segundo, gosto de falar de Krishna e me sinto culpado porque sei que há muitos outros bons conferencistas aqui, há presidentes de templo e tantos jovens capacitados e eu sigo falando.

Sendo assim, minha mente também está muito ativa, estive trabalhando em muitas questões. Durante os últimos dois dias trabalhei na questão do futuro da Missão Vrinda, por isso, vou compartilhar. Não é o fim, há muito o que pensar e falar com todos os devotos. Mas, como veem, o destino básico é assim, estou seguindo o princípio de Srila Bhakti Raksak Sridhar Maharaj, que era muito inflexível que novos Gurus começassem novos templos, se houver mais mestres espirituais no futuro, isso quer dizer que teremos mais templos, segundo esta projeção. Não queremos pessoas sensatas brigando como ladrões, dizendo: “Isso é meu, ladrão, eu que trouxe” ou algo assim.

Srila Sridhar Maharaj nos contou sobre Yogapith e também sobre lugares como Radha Govindaji Mandir de Srila Rupa Goswami, e eles são parte de nossa sampradaya, mas é uma perturbação se alguém disser: “Este é o templo e eu sou o pujari e tem que ser meu discípulo, porque eu estou sentado neste templo.” Isso é algo que logo se chamaria de “Zona do Guru”, nós não acreditamos nisto.

A relação de Guru e discípulo é algo muito transcendental e ninguém deveria interferir nisso, praticamente. Há lugares como o Yogapith onde apareceu o Senhor Caitanya, este é um santuário para cada Gaudiya Vaishnava. E logo que Srila Prabhupada partiu deste mundo, Srila Sridhar Maharaj disse o mesmo: “Seus templos principais como Krsna Balaram e Mayapur não deveriam estar dominados por nenhum mestre espiritual em particular, deixe que os mestres visitem com seus discípulos e que contribuam, mas que ninguém se sente ali e diga ‘Este é o meu lugar agora’”.

Temos visto muita política deste tipo, até lugares grandes como Mayapur, lugares grandes. Porque um grupo diz “Ah, tem que ser discípulo de Bhakti Charu” e o outro diz “Tem que ser discípulo de Jayapataka Maharaj”, desta maneira, há uma rivalidade. Isso não encaixa nos lugares que Prabhupada abriu com muitos de seus discípulos. Até quando eu estive na Suécia, doamos para se fazer quartos lá em Vrindavan e em Mayapur, assim que quando muitas pessoas fazem algo juntas, não é justo que depois que o Guru desapareça alguém tente reclamar e dizer “Agora isso é meu e você pode gostar ou pode ir embora”.

Então, diante disso, tenho pensado muito, porque tenho muita experiência em ver missões Vaishnavas depois da desaparição do mestre. Vi que eu poderia escrever uma tese universitária sobre isso, pois vi o caso com Srila Puri Maharaj, meu próprio Gurudeva, meu próprio sannyas Guru, eu vi isso muitas vezes, então tenho uma ideia muito clara do que pode e não ser. Claro que eu estou percorrendo um caminho muito arriscado, o caminho arriscado é que eu confio em vocês para fazerem um bom trabalho, e se não fizerem, está bem, outra pessoa fará. Ninguém poderá restringir aos demais para que se desenrolem, é um sistema baseado no amor e confiança.

Eu estive na Suécia e Srila Prabhupada me escreveu uma carta em 1974, ele disse: “Você tem que decidir quem será iniciado, você me enviará nada mais que os nomes eu os enviarei e você dirigirá tudo por aí”. Eu era um jovem de 22 anos e eu tinha que decidir quem se iniciaria para recomendá-los a Srila Prabhupada, porque Prabhupada não esteve lá e assim era o sistema nessa época. Então, Srila Prabhupada fez muitas declarações revolucionárias, mas a essência de tudo é que necessitamos de pessoas que estejam tomando responsabilidades. Agora, o que isso significa? É a responsabilidade espiritual quando se dá uma aula, a responsabilidade espiritual é quando se adora a deidade, a responsabilidade espiritual é quando se recebe aos convidados na entrada do templo,  é quando dirige o ishtagosthi, é a responsabilidade espiritual e material quando for um tesoureiro e um contador, quando administrar dinheiro do templo. Sendo assim, há diferentes pessoas importantes na administração de um lugar consciente de Krishna.

Prabhupada mostrou que ele confiava em todos nós, e como confiava em todos nós, e como confiava tanto em nós, seu movimento cresceu de maneira muito incrível. Claro que também às vezes as coisas foram mal porque alguém não se comportou digno de confiança, mas Prabhupada não disse: “Alguém não foi digno de confiança, agora não confiarei mais em nenhum de vocês”, não, Prabhupada nunca tomou esta atitude, apesar de que poderia ter feito, mas ele sabia o que estava fazendo, ele dizia “Confiemos, o amor e a confiança são a oportunidade.” Há de tentar, até onde se pode chegar? O que conquistará? Então, estas são muitas coisas.

Eu me dou conta de que estou dizendo muitas coisas que para vocês são temas cujos nunca têm pensado, porque nunca estiveram nesta posição de ter que pensá-lo, pois quando uma Missão está funcionando de forma bonita, o Guru está presente. O discípulo nunca pensa duas vezes, só diz “Jay, Gurudeva! Jay, Gurudeva! O que quer que me diga, Jay, Gurudeva!” então, não há muito conflito nesta área, mas quando o Guru não está, e todo Guru se vai do mundo, isso sabemos, então a quem vai obedecer? Só alguém a quem ame e confie. Por isso deve encontrar essa pessoa que ama e confia e com a qual queira praticar Consciência de Krishna e é com isso que conseguiremos alguns ajudantes.

Agora, deve ter escutado em algum momento as famosas letras GBC, que significa Governing Body Commission, isso de fato vem de Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur e hoje há GBCs na ISKCON, em muitas Gaudiya Maths também há isso. Em nossa Missão o chamamos de CBA, Centro Brahmínico de Apoio, mas na verdade significa Centro Brahmínico de Proteção, de proteção da sanidade, de fato assim o traduzi aqui. Assim que, o que fazemos e temos começado é designarmos certos CBAs, todos os presidentes de templo e ex-presidentes de templo, também são CBAs, os sannyasis e as maharanis também são CBAs naturais, isso quer dizer que sua voz e sua votação sempre se considerará. Mas também temos alguns CBAs administrativos e estes CBAs administrativos são pessoas que sabem da contabilidade, administração legal, como fazer algo corretamente para que uma Missão não se prejudique por uns erros administrativos.

Durante os anos, tive muitos desafios administrativos e para fazê-lo bem, tem que ser muito envolvido e muito inteligente. Assim, que estes protetores brahmínicos poderão dar bons conselhos sobre a administração e também são dignos de confiança. Então, poderia-se dizer, se eu olhar por aqui, por exemplo, quantos presidentes de templo há? Levantem a mão – isso quer dizer que já são CBAs. Quantos ex-presidentes de templo há? Aí há mais CBAs. Estas são as pessoas que de fato estão prontas para tomar responsabilidades, estão cuidando da Missão e querem que funcione.

Temos todas estas pessoas, mas não precisamos de todas elas para tomar uma decisão, isso é o que mata o GBC na ISKCON. Eles têm muitos casos para atender e há poucos GBCs, só 24, e nunca têm tempo de escutar todos os casos. Então, quando tomam decisões, não estão baseadas em haver avaliado todas as circunstâncias, eu tenho uma experiência primária com isso. Assim, que nossos CBAs possam trabalhar entre 5 em situações normais. Em situações especiais, como comprar um edifício para Krishna, devem ter 9. Nove deles poderiam aprová-lo para que seja um consenso sério. Enquanto sobre vender, não queremos vender nada que pertence Krishna, a menos que haja um caso muito forte e todos automaticamente estejam de acordo, isso estaria em outro nível.

Então, aqui pensamos que os templos principais devem estar protegidos, devem estar protegidos para que não haja ninguém declarando que tem mais direito que outro. E como se faz isso? Como se conquista isso? Tenho uma lista de templos que estamos chamando de Ishtadevas da família Vrinda, que devem estar abertos para a adoração, a administração e o seva por todos os que não iniciam novos discípulos. Só quando nenhum discípulo capaz que seja iniciado pelo acarya fundador e seus sucessores se voluntariar, e que são submissos à opinião dos conselheiro do CBA, algum guru iniciador da linha se pode encarregar com seus discípulos. Pode haver algum lugar onde um Guru que esteja encarregado e há um templo onde é o único que está trabalhando nessa área, e esse templo se abriu há muito tempo, e dirão “Bom, você se encarrega disso, porque não há nenhum grupo se apresentando”, porque um grupo que se apresente também tem que ser o grupo que está dando doações para mantê-lo. Então, é algo assim.

Novamente, tudo o que estou dizendo é algo que escutei de Srila Sridhar Maharaj. Ele aconselhou isso a nossos irmãos espirituais da ISKCON, ele aconselhou que os templos principais devem-se manter abertos para todos, mas não seguiram seus conselhos e distribuíram os templos grandes entre eles, um com New York, outro com Mumbai, um com Vrindavan e então começou o problema. Logo tentaram mudar isso, mas nunca puderam corrigir a situação, logo, queremos evitar isso.
Radha Vraja Mohan em Vrindavan é um templo que tem que estar aberto para todos. Gouranga Radha Vrajesvara Ishtadev Mula Math da missão Vrinda, Radha Govinda Math no Chile, Radha Madan Mohan Math na Argentina, Radha Damodar Math no Peru, Radha Raman Math na Bolívia, Radha Vinod Math na Venezuela, Radha Syamasundar Math no Uruguai, Mahaprabhu Gandharvika Giridhari no Brasil, Radha Gopivallabha na Hungria e Gandharvika Govinda Sundaram em Berlim, estes templos estão na lista de não pertencer a nenhum acarya em particular. Isso quer dizer que estes templos, depois de minha partida, devem ter alguns acaryas que iniciem na região, ou qualquer solução que Krishna nos der. Todos podem vir e todos podem participar, e os que não estão iniciando podem ficar em Berlim e administrar como CBAs e fazer que este templo floresça.

Agora temos pequenas recomendações, isso levará um tempo para estudar. Eu vou ler só um  pouco:

·         Outras deidades podem ser adoradas e administradas por novos acaryas;
·         O ishtagosthi do templo e os CBAs podem eleger tal acarya que esteja de acordo em tomar a responsabilidade – no caso de minha partida. Depois eles poderão eleger o devoto local que esteja aí para cuidar das coisas;

Talvez eu já tenha dado indicações anteriormente, talvez não, assim, é essa a decisão. Mas não se pode designar a alguém como um acarya, os acaryas são autorrevelados. Pode dar uma indicação, mas quando alguém está se convertendo em acarya, primeiro, ele tem que aceitar este serviço e depois, outros têm que aceitá-lo como Guru. Isto é completamente voluntário, não se aplica nenhuma legislação a isso, senão acabaria com tudo. É algo que tem que nascer no mundo de Saranagati unicamente.

·         A adoração à Deidade deve seguir arcana. Com Deidades instaladas, pelo menos 5 pessoas deveriam se envolver voluntariamente na puja.

Como em Berlim, já temos um problema. Precisamos de mais pessoas para participar voluntariamente na puja. Essa foi minha condição há muito tempo para instalar Deidades em Berlim. Eu quero ver mais participação da comunidade, senão não é um standard muito alto, porque uma pessoa simplesmente não pode fazer algo sozinha. Acaryas, sannyasis, maharanis e presidentes, além dos administradores CBA, tomam decisões importantes que requer uma maioria singular de sete CBAs. E dos 7, pelo menos 5 devem ser protetores ativos da família. Preferimos ter pessoas que estão ativamente envolvidas como Radha Vrindavan Chandra, ela é uma protetora ativa, ela se encarregou da administração em Berlim, o que anteriormente era algo muito desorganizado, ela converteu em algo no qual temos números claros e sabemos o que está acontecendo em Berlim. Ela e Satyavati têm feito um bom trabalho.

Em nossa Missão temos muitos CBAs estabelecidos anteriormente, eles são Krishnananda Acarya Mrganath Acarya, Atulananda Acarya Maharaj e também há muitos sannyasis que são ativos e também são CBAs e as maharanis. Temos também alguns pilares especiais, como Pancatattwa Prabhu que tem administrado nossa oficina nos últimos 30 anos sem parar. Não sei como mereci um secretário assim, que nunca deixou de fazer seu seva, apesar de muitos desafios.

Então, temos algumas novas missões que estão saindo. Novas missões significa meus sannyasis que receberam as bênçãos para começar novas ramas da família Vrinda, como Giri Maharaj que começou a missão Bhaktialok na Argentina. Pertence a Vrinda, mas simultaneamente é igual e diferente. Isso significa que ele também está dando Harinam.

Novos membros do CBA recebem um treinamento e têm que passar 3 anos neste treinamento para estarem aceitos como membros completos do CBA. Queremos ver como trabalham, se confia neles. E algo muito importante, o membro do CBA não entra ao templo como uma autoridade, entra como um amigo, um amigo do presidente do templo. Mas tem permissão de entrar em cada departamento, assistir todas as reuniões, falar com todos os devotos, não há segredos diante dele, mas ele ou ela entra como um amigo e pode ver se o templo está bem administrado ou não. Se vir que não está bem administrado, eles ajudarão a que se administre bem através de dar sugestões e adotar serviços que são requeridos. Os CBAs são almas muito rendidas que realmente estão se preocupando pela pureza da missão. Mas como disse, eles não entram como uma autoridade, entram como um amigo, essa é a grande diferença com o GBC da ISKCON.

Os GBCs da ISKCON entravam como a máxima autoridade, muitas vezes nem conheciam os devotos que estavam ali, não conheciam a comunidade local, mas era a autoridade maior e tomavam umas decisões esquisitas e iam embora. Assim, que o CBA devem ser pessoas que estão vivendo ali e têm alguma ideia do que está acontecendo. Também são retificados, em outras palavras, o presidente e os devotos locais podem eleger quem quer ter como CBA em sua área. Não é imposto, é um amoroso e transparente trabalho em equipe. O grupo CBA são conselheiros da administração, centro de retificações brahmínicas. Todos os ritvik gurus que são exitosamente queridos, podem se converter em diksa gurus e abrir novos projetos. Eles têm que saber a filosofia vaishnava.

Gurudeva Atulananda e eu temos nos perguntado qual é o futuro desta missão, apesar de que nossa missão não é muito grande, é muito ampla. Parece maior do que é, mas como damos tanta liberdade aos devotos, não é um exagero que tenhamos 200 centros onde está sendo realizado algum tipo de pregação. Agora, 200 centros às vezes saem de nossa visão, sobretudo quando falam diferentes idiomas e estão em diferentes países ao redor do mundo.

Portanto, Gurudeva e eu decidimos nomear ritivik acaryas que possam realizar iniciações de nossa parte quando falta muito tempo para nossa chegada. Quem são estas pessoas? Pois nós as elegeremos, elegeremos segundo onde tenhamos a maior confiança que possam fazer. Eu nomearei alguns deles agora mesmo, Krishna Vilas é um deles, ele pode eleger se alguém está pronto para a iniciação, e se quiser dar iniciação de minha parte, poderá fazê-lo. Este é um exemplo. Os sannysasis podem fazer isso, pessoas que estão conscientes e que estão participando da missão, e que têm ganhado a confiança. Pati em Munique (Patita Pavana Das), ele pode fazer isso. Não tem que aplaudir agora, só estou dando uma ideia, certo? Estou dando uma estrutura e do que está acontecendo. É nomear pessoas poderosas em diferentes partes, que também têm que ser reconhecidas como especiais. Porque se não se reconhece ao ritvik acarya como alguém especial tampouco estará muito feliz.

Então aqui, Krishnananda Acarya é um acarya, mas também de minha parte, Svarup pode fazer isso. Ele está muito estabelecido em sua forma de ser, assim que, para que alguém possa fazer isso, não é só que eu o nomeie, ele também tem que estar de acordo. Além disso, também elegerei algumas madres para fazer esse seva em nossa família, porque eu sigo o princípio de que não somos este corpo, e sigo o princípio de que em nossa linha, grandes mulheres têm feito grandes sevas. Elas têm demonstrado tal critério que muitas vezes têm salvado a missão.

Isso é algo muito importante para decidir, quem pode fazer tal coisa, que possa ter esse sentimento e também quem está dedicado sem parar à comunidade local, esse é outro critério. Tem que fazer uma grande quantidade de dedicação e critério. Penso em alguém como Lalita Madhava, ela é uma pessoa muito apta, sobretudo para dar refúgio às mulheres quando vêm. Isso se tem que administrar pessoalmente dentro da comunidade, mas enquanto eu viva, vou estar pendente e vou ver como funciona. Só estou explicando este sistema. Durante uma de nossas viagens, Gurudeva Atulananda e eu elegemos 60 pessoas entre madres e devotos para fazer este seva. Oficialmente não lançamos esta lista para todos, é um trabalho que fiz nos últimos dias e vocês são os primeiros a escutar isso.


Seu sempre bem-querente,
Swami B. A. Paramadvaiti.

domingo, 14 de agosto de 2016

Sri Balaram Purnima



“O serviço devocional ao Senhor Supremo é a soma e substância da alegria da vida.”

                                                                                                                             17 de agosto de 2016

Sinto-me muito feliz de estar aqui hoje compartilhando com vocês a alegria da lua cheia do templo de Krishna-Balaram. Neste dia, enquanto compartilhamos uma festa tão bonita aqui em Bogotá, faz-nos recordar que o serviço devocional ao Senhor Supremo é a soma e substância da alegria da vida.
Sempre queremos dar alegria aos devotos, certo? Bom, Krishna também busca alegrar aos Seus devotos constantemente. Por exemplo, quando Krishna toca a flauta e hipnotiza os corações das gopis, elas começam a querer escutar mais e mais essa flauta. Assim, elas vão até o vamsi-vat em Vrindavan onde Krishna está tocando a flauta sob uma árvore. Ele permanece com os olhos fechados até o ponto que se dá conta que as gopis estão ali. Nesse momento Krishna pergunta o que elas fazem ali, pois não é muito correto que damas como elas andem pela floresta sozinhas a essas horas, inclusive as manda às suas casas, mas as gopis não querem voltar. Então, Krishna pergunta o que querem e as convida a dançar. Ele quer apenas alegrar Suas gopis.
Então, quando Deus toca Sua flauta, ou quando fala Seu Bhagavad Gita, tudo isso está completamente dirigido por Ele mesmo. Essa é a pura misericórdia do Senhor conosco. Eu me sinto muito feliz de ver que todos vocês aqui presentes têm escutado a flauta de Krishna e vieram de diferentes partes do mundo participar deste belo festival. Todos vocês chegaram hoje aos Pés de Lótus de Gouranga Radha Vrajesvara. (...)
Sri Balaram é o melhor guardião da Mãe Natureza, pois Ele carrega Seu arado para trabalhar na terra e plantar a semente do Bhakti, a semente do amor por Krishna. Todos aqueles que são conscientes de Krishna e têm o serviço de cultivar a terra cumprem com uma tarefa muito especial, porque eles estão seguindo os passos de Sri Balaram, eles estão trabalhando na terra para Krishna e assim poder oferecer os frutos ao Senhor. Hoje é o dia em que também celebramos a todos os vaishnavas que estão servindo nas fazendas conscientes, cuidando dos cultivos orgânicos, etc. Este é um Balaram-seva.
Por outro lado, existem mais serviços relacionados com Sri Balaram. Nossa família também tem um Balaram-seva, um exército sob as ordens de Sri Balaram, onde devotos estão lutando para cuidar da terra de Sri Krishna em Vrindavan, trabalhando para limpar e embelezar Vrindavan. Todos vocês podem ser parte deste Balaram-seva e apoiar o serviço que estamos fazendo no Dham, pois tudo o que recebemos pela misericórdia de Srila Prabhupada vem de Vrindavan: o maha-mantra – é de Vrindavan; as Deidades que adoramos – vêm de Vrindavan. Vrindavan está presente constantemente em nossas vidas, por isso este programa mantido por nossos irmãos que estão servindo no Dham é muito importante e precisa de nossa ajuda. É um grande gosto para nós este serviço e é algo que temos aceitado com total felicidade. Realmente é algo lindo e grandioso.
Sri Balaram se manifesta como o Mestre Espiritual, Ele é o administrador original. Por isso, neste dia também recordamos a todos aqueles devotos que têm responsabilidades administrativas a seu cargo, que são líderes, presidentes de templos, que estão sempre protegendo e animando aos devotos a se manterem fazendo serviço e cuidando para que as comunidades sigam adiante.
Hoje lembramos de Srila Prabhupada, quem recebeu a instrução de Sri Nityananda Prabhu de levar Consciência de Krishna ao Ocidente de forma honesta e cumprida. Sri Krishna e Balaram estão presentes em Bogotá para nos lembrarem que devemos fazer tudo de uma forma muito organizada.
O Srimad Bhagavatam narra muitos passatempos de Sri Balaram. Krishna e Balaram são inseparáveis, mesmo que às vezes tenham opiniões diferentes, sempre estão juntos. Sri Balaram é o perfeito assistente dos lilas de Krishna, Ele se manifesta como a mrdanga, como o asana, como o protetor, etc. Isto é o mais importante que devemos lembrar: Sri Balaram representa a proteção de Sri Krishna, proteger tudo o que pertence ao Senhor Supremo. Essa é a nossa tarefa!
Jay Srila Prabhupada!

Seu sempre bem-querente,

Swami B. A. Paramadvaiti.

domingo, 7 de agosto de 2016

Cultivar o espírito de agradecimento para com todas as coisas




“Gratidão, gratidão, gratidão. Por que sabe o que vem depois da gratidão? A satisfação. Sem gratidão não pode haver alegria.”



(Extraído de uma roda de perguntas e respostas em Nimaihuset, Suécia – maio de 2016)

Pergunta: Qual é o propósito de Kali Yuga?
Resposta: Gosto desta pergunta, porque nos obriga a ser autocríticos.

prāyeṇālpāyuṣaḥ sabhya
kalāv asmin yuge janāḥ
mandāḥ sumanda-matayo
manda-bhāgyā hy upadrutāḥ

“Ó sábio! Nesta era de Kali, a era de ferro, os homens não têm apenas uma vida curta, senão que são briguentos, preguiçosos, mal direcionados, desafortunados e, sobretudo, sempre estão perturbados.” (S. B. 1. 1. 10)

Este é um dos primeiros versos do Srimad Bhagavatam que explica os efeitos de Kali Yuga. Nele diz que Kali Yuga de certa forma veio a despertar aos mais preguiçosos, aos “poucos inteligentes”, aos “menos sinceros”, aos que receberam convite em Satya Yuga, Treta Yuga e Dvapara Yuga, mas perseguem com as ideias do “Eu quero isso e aquilo outro”. Então, se faz necessária a atmosfera de Kali Yuga para (tomara) despertar um pouco.
Na verdade, esta não é exatamente uma resposta muito encantadora, não é? Isso significa que há outra alternativa também. Srila Prabhupada costumava dizer: “Aprenda escutando ou sofrendo. Ainda assim, há pessoas que inclusive quando sofrem não aprendem.” Isso significa que então há outra oportunidade. Primeiramente, no momento da destruição do mundo material há um tempo de descanso em Maha Vishnu e logo retorna, o ciclo começa de novo. Porque Deus nos ama independentemente da nossa estupidez, mas não quer nos tirar o livre arbítrio.
Outra coisa que gostaria de agregar é que não devemos questionar a boa intenção do Senhor para conosco. Não faça isso! Não permita que tua mente faça isso! Porque no momento que fizer é como cair outra vez e dizer: “Deus, pode se sentar na cadeira dos acusados?” e você mesmo se sentar no posto de juiz dizendo: “Atenção, meu Senhor, que agora vou checar.” Isso não devemos fazer por nenhum motivo, a posição de questionar a intenção do Criador para conosco não nos diz respeito. É esse ego artificial que é muito popular entre aqueles que negam a existência de Deus, é o que faz não apenas colocarmos Deus na cadeira dos acusados senão que O apagamos como se não existisse.
A pergunta sobre a razão de Kali Yuga é perfeitamente respondida no Srimad Bhagavatam, eu apenas quis expandir um pouco mais, quis explicar o que acontece quando permitimos nossa mente questionar as boas intenções de Deus. O que acha de nos perguntarmos se temos o direito de respirar? E se tivermos, quem nos deu tal direito? Pois nunca pagamos pelo ar que respiramos. Como que temos o direito de beber água? Ou como temos o direito de comer um prato de comida? Depois de pensar nestas perguntas, a única coisa que nos resta é sermos agradecidos e dizer: “Agradeço a quem quer que seja responsável por isso”. Pode chamar a “este responsável” como quiser, mas deve reconhecer que existe e sinta-se agradecido com Ele. Isso é o que inclusive as tribos nativas nos ensinam, isso é o que chamamos de “Nações Unidas do Espírito”, seres humanos unidos no espírito da gratidão.
Sem uma profunda espiritualidade nada pode acontecer, nada mudará dentro de nós. Isso é o que Krishna disse: “Qualquer coisa que seja ingerida sem haver sido oferecida a Mim, não será mais que pecado.” Inclusive se tomarmos água sem tê-la oferecido a Deus, beberemos apenas pecado. Isto é o que as Escrituras nos ensinam.
Gratidão, gratidão, gratidão. Por que sabe o que vem depois da gratidão? A satisfação. Sem gratidão não pode haver alegria. Por isso nos submergimos em depressões, porque não somos agradecidos. Na sociedade moderna, de uma forma ou outra, conseguimos colocar a mente sobre todas as coisas, por isso não nos foi produzido muitos bons resultados, ou melhor, foi mundanizado, materializado e secularizado em nossas vidas.
Assim, não pode haver obediência a nenhuma autoridade mais elevada, porque o princípio mesmo da autoridade é questionado. As crianças costumam fazer isso algumas vezes e questionam a autoridade dos seus pais, mas assim que têm um problema ou até mesmo um pouco de fome, elas se transformam imediatamente e aceitam novamente a autoridade a fim de obter comida. Portanto, é melhor apreciar tudo o que temos recebido sem questionamentos, ou melhor, com profundo agradecimento.
Jay Srila Prabhupada.

Seu sempre bem-querente,

Swami B. A. Paramadvaiti.

domingo, 31 de julho de 2016

Verdadeira renúncia



“Às vezes sentimos um forte impulso de renunciar a todos os apegos materiais e sair correndo disso, mas nesse caso, a verdadeira renúncia se torna o fato de cumprir com teus deveres e responsabilidades, pois é através deste cumprimento que nos qualificamos para a transcendência.”



Todas as glórias sejam a Srila Prabhupada.
Meus amados devotos, espero que estejam muito bem em seus respectivos serviços. Queria contar que enviar uma mensagem semanal direcionada a toda comunidade tem sido meu costume durante os últimos 15 anos. Sem dúvidas, este ano acabamos deixando de fazer. Esta é uma nova tentativa de recuperar o envio do chat dominical para compartilhar com cada um de vocês.
Há três coisas que não devemos abandonar nunca em nossa prática espiritual:
- tapas (austeridade);
- yagna (sacrifício); e
- dana (caridade).
Austeridade é algo básico para realizar na Era de Kali, Srila Prabhupada chamou também de “vida simples com pensamento elevado”. Sacrifício se expressa como o canto dos Santos Nomes do Senhor, seja na forma de japa, em kirtan congregacional, em conferências ou inclusive escrevendo sobre as glórias do Senhor.
Caridade se refere a criar templos com uma atmosfera tão linda que as pessoas não queiram sair disso e retornar à existências material da qual viemos, lugares cheios de sadhu-sangha.
Tudo aquilo que é realizado na companhia de sadhus ou dos devotos é uma profunda e benéfica purificação. O sadhu-sangha está cheio de rasa, de sabor e apreço pelos demais. Inclusive pode ser que existam pessoas no mundo diante das quais não sentimos apreço natural, mas então elas se convertem imediatamente em receptoras de uma misericórdia especial. Como reza o ditado: “Senhor, por favor, dá-me Tua misericórdia quando eu menos mereça, pois é quando eu mais necessito”. Assim, poderemos manter constantemente a vontade de animar todas as pessoas que estão ao nosso redor, o que inclui tanto os membros da comunidade espiritual como os que não são.
Da mesma forma que temos que aprender a conhecer a ação na inação, temos que aprender o conceito de desapego dentro do apego. Isto quer dizer que enquanto tiver um corpo material, aos devotos que buscam o desapego têm que estar em constante contato com a energia material. Isto é inevitável. Desta forma, os devotos devem manter templos e centros abertos de forma prática e eficiente para que as pessoas possam conhecer mais sobre a espiritualidade, podendo participar de campanhas para resolver situações ecológicas desfavoráveis que possam afetar aos seres que o rodeiam, tem que cuidar de sua saúde e seus respectivos corpos para estar em perfeitas condições enquanto compartilham a mensagem de Sri Krishna ao mundo, tem que manter suas famílias felizes e sãs, tem que se tornar excelentes profissionais nas áreas que Srila Prabhupada definiu que os devotos deveriam estar em ação, etc.
Às vezes sentimos um forte impulso de renunciar a todos os apegos materiais e sair correndo disso, mas nesse caso, a verdadeira renúncia se torna o fato de cumprir com teus deveres e responsabilidades, pois é através deste cumprimento que nos qualificamos para a transcendência. Assim que abandona sua independência e se refugia sob a proteção de um vaishnava, o próprio vaishnava dará responsabilidades para proteger, as quais somente podem ser executadas com um maduro critério e discernimento individual. Dita atitude responsável e cuidadosa é totalmente saudável para o desenvolvimento espiritual daqueles que foram inspirados pelos Pés de Lótus de Srila Prabhupada.
Peço que reflitam sobre estes temas e compartilhem com os membros de suas comunidades e famílias. Jay Srila Prabhupada!
Todo meu afeto do Equador.

Seu sempre bem-querente,

Swami B. A. Paramadvaiti.

domingo, 24 de julho de 2016

As qualidades de um servidor da humanidade




“O conhecimento sobre a sabedoria do ser, sobre o amor e sobre os valores positivos como a compaixão, o agradecimento, etc, deve ser sempre compartilhado.”



Meus queridos devotos.
Um servidor da humanidade tem que ser um servidor da família, que é a primeira unidade social do mundo que nos rodeia. Isso inclui o pai, a mãe, os irmãos e a todos aqueles que estejam próximos a nós.
Um servidor da humanidade é como uma filial do amor que segundo  o lugar onde vive terá diferentes tarefas, se chegar a um santuário natural e perceber que está cheio de lixo plástico, seu serviço à humanidade se transforma em recolher este plástico e buscar um sistema para reciclá-lo e assim evitar que nos afoguemos nele. Promover comida sã ao seu redor por meio da agricultura orgânica e da permacultura é outro grande serviço à humanidade. Convencer às pessoas a viverem sem a influência de produtos químicos e sem se deixarem levar pela cultura de consumo é também um serviço à humanidade. Ensinar as pessoas a curarem suas vidas mediante o cultivo espiritual se convertendo em um médico da alma é um serviço à humanidade.
Só pelo fato de ajudar a uma pequena parte do universo a melhorar é um grande serviço à humanidade. Ajudar aos animais que sofrem é um serviço à humanidade. Tornar-se vegetariano ou vegano é totalmente um serviço à humanidade e a todo o meio ambiente (se diz que cada novo vegetariano faz que o mundo se torne um lugar mais seguro). Em outras palavras, o converter-se em um exemplo de pessoa fiel aos seus ideais é diretamente um serviço à humanidade.
O questionar e aprofundar-se no objetivo da vida e perguntar-se qual é a razão pela qual estamos neste mundo e para onde devemos nos direcionar também é um serviço à humanidade. Porque a vida humana é a grande oportunidade que temos para encontrar resposta a tais perguntas. Cada vez que distinguimos a resposta aos questionamentos essenciais da vida e o compatilha com os outros também está fazendo um serviço à humanidade, da mesma forma que se tenho comida e água é meu dever compartilhá-las com com aqueles que não as tem. Desta forma, o conhecimento sobre a sabedoria do ser, sobre o amor e sobre os valores positivos como a compaixão, o agradecimento, etc, deve ser sempre compartilhado.
Um serviço para a humanidade pode ser que às vezes não seja reconhecido por outros, isso não importa, pois nosso Criador sempre é consciente de todos os esforços que fazemos pelo bem-estar de outros. Ele sabe tudo o que pensamos e falamos, o que dizer do que fazemos. Quando queremos servir a uma planta, sabemos que devemos por água em suas raízes, não conseguiremos satistazer a planta ao colocar apenas uma gota em cada folha, isso não dará resultado. De forma semelhante, para servir a humanidade e alcançar a perfeição da vida, devemos nos aprofundar no canto dos Nomes da Verdade infinita na tradição mais próxima da fé individual.
Este grande processo chamado “louvor” (ou “kirtan” em sânscrito) é a apresentação da alma ante o Infinito, se reconhecendo como um servidor humilde que pede para se tornar um instrumento de Seu amor. Este é um processo que abre os canais de comunicação com a divindade, tanto para cima como para dentro. A conexão com os Santos Nomes de Deus é o meio que nos leva internamente para agradecer intensamente ao Infinito, porque qualquer potencial ajuda que possamos dar à humanidade não vem de nós, senão do Absoluto que nos permite ser parte de Sua grande sinfonia. Por isso, à medida que através do canto do Santo Nome me conecto com o Infinito, tenho mais chance de me converter em um instrumento e servidor de Seu amor para a humanidade.
Isto é o que aprendi do meu mestre espiritual Srila A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada.

Com todo meu afeto,

Swami B. A. Paramadvaiti.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Um chamado para a proteção da Mãe Terra




“Seja na Índia, América ou Europa, isso não importa, os direitos da Mãe Natureza devem ser defendidos em todos os lugares e devem ser defendidos do fundo do nosso coração e eu estou lhes convidando para que seja a prioridade de seus esforços.”


Durante o mês de dezembro de 2015 na Eco Yoga Aldeia de Varsana, próximo de Bogotá, Colômbia, líderes e diferentes membros de comunidades indígenas da América se reuniram, acompanhados por artistas (chaskis, mensageiros do amor), ativistas, avôs, avós, onde foi realizada a Kiva no templo do Coração da Mãe Terra. Lá se realizou e firmou a declaração das Nações Unidas do Espírito.
As Nações Unidas do Espírito têm um ideal muito alto, é um serviço que podemos executar em nosso trabalho progressivo, e a maneira como queremos que se realize a agricultura para a produção do nosso alimento. É a maneira que desejamos que se harmonize nossa relação com as florestas, com os corpos de água e com tudo. É a forma de compreender como devemos nos realizar com  a mulher sagrada, com as crianças, com os mais velhos, avôs e avós e com os direitos dos povos indígenas.
Sabem, os direitos da natureza implicam muitas coisas. É estar contra a mega mineração que está destruindo habitats e espécies. É estar contra os rios não fluírem livremente para obter eletricidade, que matem aos peixes e destruam tanta coisas às margens dos rios. Portanto, seja na Índia, América ou Europa, isso não importa, os direitos da Mãe Natureza devem ser defendidos em todos os lugares e devem ser defendidos do fundo do nosso coração e eu estou lhes convidando para que seja a prioridade de seus esforços. De fato, estou solicitando isto porque eu mesmo estou trabalhando nisto, porque sinto que é o meu serviço aos mestres espirituais, à comunidade mundial, à Mãe Natureza e a toda criação.
É algo que é o meu dever fazer e portanto estou pedindo que todos juntos assinemos, e não somente isto, senão que levemos a todo lugar as declarações das Nações Unidas do Espírito, os direitos da Natureza que se assinaram previamente na Bolívia, e que a Cidade do México reconheceu e as defendamos ativamente. Praticamente todas essas declarações deveriam ser levadas a todos os políticos, homens de negócio e educadores. Devem ser apresentadas com as fotos da história de como isto teve lugar e solicitar também que assinem e também ofertem um apoio prático, porque os direitos da natureza são uma questão de conscientização, consciência individual e de compromisso individual.
Para mais informações sobre o conteúdo da Declaração das Nações Unidas do Espírito, por favor, abram o link:

Os direitos da natureza não são apenas umas poucas leis escritas em um pedaço de papel, os direitos da natureza são o reconhecimento da nossa Mãe como uma entidade viva, uma entidade sensível, que não tolerará mais deterioração do seu habitat e do nosso meio ambiente devido à nossa negligência, sem que nós nos oponhamos a isso, nós, os guardiões da Mãe Terra. Esse é o espírito que o mamo Luntana nos trouxe quando nos convidou à união em Ikwashenduna, que todos uníssemos nossas mãos, e é o espírito da Raiz da Terra, da Kiva, do Templo do Coração da Mãe Terra, onde todos estiveram orando pelo futuro da Terra. É o mesmo espírito que está tocando o coração das pessoas ao redor do mundo. Ganga Action Pariwar na Índia também está se ocupando em todas as coisas, este é o espírito da doutora Vandana Shiva e de muitos outros.
O Pacto Mundial Consciente é unicamente uma destas organizações que se põe em pé para proteger à Mãe Terra e é por essa causa que todos temos nos unido. Não se trata desta ou aquela bandeira, a Mãe Terra é a bandeira e seus direitos são os quais estamos representando, ela é o comum denominador para todos, e portanto não importa a qual religião pertença, não importa qual seja sua filosofia, o que importa é que todos compreendamos que somos irmãos e irmãs e que temos que viver em paz neste planeta e fazer as coisas responsavelmente, porque toda ação tem uma reação. Então estamos vendo as reações da falta de consciência e não podemos seguir tolerando isto e temos que ser contra com amor, com determinação e necessitamos teu apoio e assinatura.
Por favor, sejam muito amáveis, não apenas necessitamos de suas assinaturas senão de todos que conheçam. Façam conhecer estes poucos pontos, é meu humilde pedido e eu sou simplesmente um servo de todos vocês, com respeito a isso para obter sua amizade, sua irmandade para nossa grande e maravilhosa Mãe, quem tem sido ilimitada em sua bondade com cada um dos seus filhos.
Na realidade temos logrado ser os organizadores de uma campanha do AVAAZ, e se nos uniu à campanha brasileira da AVAAZ organizada pela Dra. Vanesha e também com Mumta Ito com toda a campanha europeia da Missão dos Direitos da Natureza, assim que isso é algo realmente considerável.
Por favor, utilizem o seguinte endereço para assinarem à petição e compartilhem com todos seus contatos para que esta campanha do AVAAZ possa crescer exponencialmente:

Esta é uma declaração de amor, uma declaração de amor muito grande, mas um pouco mais que uma declaração de amor, é uma declaração de amor com o compromisso de por esse amor em ação. Sim, meu Senhor, sim, meu mestre, querido sol, lua, querido Senhor do Universo, estamos comprometidos com Sua criação.
Agradeço a todos por seu apoio.

Seu sempre bem-querente,
Swami B. A. Paramadvaiti.