Realmente tem que convencer a divindade de chegar a tua vida e tomar
posse dela, e quando se tornar alguém compassivo, a Divindade vai te aceitar como
um instrumento de Seu Amor, porque isso é mais valioso que todas as opulências
do mundo juntas, mas pode ver, o amor que estamos buscando é de natureza única ... Não há nada
mais elevado e bonito que ter a experiência de ser utilizado pelo amor Divino.
Isto é o que entendi intelectualmente, porque para realizá-lo deve estar
consumido pelo amor e não consumido pela sociedade de consumo, quero ser
consumido no fogo do Jagna.
Meus queridos
devotos.
Mais uma vez
está acabando o ano, lentamente se aproximam os últimos meses. Necessitamos
realizar nosso próprio ser no presente de estado de consciência. O que mais
deve ser aceito se ainda não realizou o que faz neste momento? Em outras
palavras, esqueça o futuro e comece a viver este momento e o seu
desenvolvimento, porque este momento é a opulência de tudo o que pode esperar
que venha... me refiro à opulência de tornar-se uma pessoa consciente de si
mesma.
O silêncio de
nossa própria mente é algo como uma hipótese, porque nunca tivemos alguma
experiência desse silêncio, ou talvez se mantenha em alguma parte que
simplesmente não podemos recordar. De outra maneira, sempre nos mantemos em
algum tipo de pensamento. Krsna diz que é mais fácil controlar o vento que a
mente. O poder da devoção é daquele tipo que entrega à nossa mente uma razão
verdadeira de alegria.
Ontem falamos
muito sobre uma classe de mistura entre satisfação interna com certo tipo de
resignação em certas circunstâncias, que tem sido o melhor que pudemos
conseguir. É um estado diferente de consciência onde qualquer um tem uma
oportunidade. Neste estado de consciência arredor da maior pureza possível de
minhas habilidades é um tipo de tarefa, podemos dizer algo como “uma missão
impossível” e muito freqüentemente podemos voltar a alguma frustração que nos
impeça de encontrar nossas próprias expectativas. Dá-nos a possibilidade de
deixar o que temos feito até agora para dedicar nosso ser completamente. Podemos
ver isto muito freqüentemente em nosso conceito de felicidade ocidental. Desafortunadamente
isto inclui mudar tudo, esposa, filhos e muito outros itens, deixando os
compromissos anteriores por alguns novos. Isto significa levantar nosso próprio
dharma, mas o dharma deve ser o guia para deixar os mais intensos estados de
ignorância, e esse tipo de consciência vai nos guiar a diferentes tipos de
percepções, de uma forma ou outra. Por isso podemos dizer que há um estado
material de consciência no modo da bondade que nós podemos penetrar e não
desejamos voltar, pois penetrou na linha do amor divino.
Para estar
pronto para morrer por nosso amor é outro estado de consciência que vem do
mundo dos mandatos sentimentais. Se pensarmos nas mães que estão arriscando suas
vidas para resgatar seus filhos ou nos kamikases, realmente tem diferentes
conotações. Estar pronto para morrer por teu amor significa que o momento do
amor é o mais importante que o próprio momento de viver. E sendo que viver é
uma coisa temporária de qualquer jeito, então, por que não estar pronto para
morrer se o amor é importante por si só. Este é o amor que estamos buscando. É
por isso que Srila Jiwa Goswami disse em sua canção que na vida ou na morte,
para sempre Radha e Krsna é meu refúgio... na vida ou na morte, para sempre
Radha e Krsna é meu refúgio!
Nossa
percepção central chega ao ponto do ridículo e podemos passar muitas vezes pela
experiência repetida de exploração dos sentidos, então podemos fazer a
pergunta: O que acontece com todos os prazeres que tivemos antes na vida?; e
rapidamente chegamos à conclusão que foram apenas temporais. Ninguém encontra
algo maravilhoso nos prazeres do passado. Somente quando sofremos no passado e
pode reconhecer que não está em completo controle das coisas e que na verdade
nunca estamos em completo controle das coisas. Algumas vezes pensamos que somos
os controladores, mas é só uma ilusão do mundo de mentiras, é como com as crianças.
Então quando
morre para viver, quando está pronto para morrer por teu amor, então vai sentir
seguro de que nada pode diminuir a alegria da situação. Quando temos este
sentimento das circunstâncias podemos nos aproximar da sensação de algum tipo
de êxtase. Podemos chamar este êxtase de: cair em amor, mas este conceito
começa com a palavra cair, então quando escutamos “cair” pensamos que algo não
muito bom continua. Então vamos falar de levantar em amor, não de cair em amor.
E o amor não pode ser uma experiência desagradável, ou é um conceito barato. É
o próprio espiritual, o amor eterno, Nitya Prema.
O que devemos
fazer com este corpo de qualquer jeito? Porque não buscamos este amor desde o
início de nossas vidas? Supostamente é o amor pelo qual estamos dispostos a
morrer. Claro, podemos também nos desconectar disso e dizer: pronto, obrigado.
Mas aqui na Índia não apreciam quando dizemos “obrigado”, porque isso significa
“obrigado e adeus”. No Ocidente o utilizamos de forma diferente, como um
agradecimento de verdade, mas quando está realmente agradecido não precisa
dizer “obrigado”, e sim diz que você é meu e eu sou teu, este é um estado real
de consciência, estamos buscando esse amor que não podemos negar, mas o que
fazer para encontrá-lo? E que falar de se aproximar de todas as idades,
deveríamos abraçar a existência eterna.
Entre 12 e 30
anos não pensamos muito na existência eterna, mas depois dos 30 começamos a
pensar nela, e depois dos 45 começa uma espécie de alarme sobre isso, e quando
nos aproximamos dos 60 se torna em uma espécie de necessidade, entretenimento,
esse é um conceito complexo, como entreter um homem maior? Brincando? Tocando
instrumentos? Tem tempo para brincar? Acha que não existe nada para investir o
tempo nisso e dedicar-se a aquilo? Isso é muito sério, mas se quiser ser uma
criança de novo, só espere pelo próximo corpo e obterás um entretenimento real
de acordo com teus desejos. Não é tempo para brincar. É tempo para entender que
vai brincar com o amor do teu coração. Deve tirar a toalha e reconhecer que não
é o controlador. Tentas controlar tudo, esposa, filhos, família... mas esquece,
não controla nada, e não somos amigos de outros porque nem sequer sabemos o que
é bom para outros, pois nem sequer entendemos o que é bom para nós mesmos.
tenayajata yajesa
bhagavatam
ashos ajam
urvasi-lokam
anvicchan
sarva-devamaya
harim
Então o que
diz de ser generoso? Se der algo e puder desenvolver amor, que abrace outros,
se puder sentir satisfação interna e libertar-se do conceito de controlador e
desfrutador que é próprio da divindade. Realmente tem que convencer a divindade
de chegar a tua vida e tomar posse dela, e quando se tornar alguém compassivo,
a Divindade vai te aceitar como um instrumento de Seu Amor, porque isso é mais
valioso que todas as opulências do mundo juntas, mas pode ver, o amor que
estamos buscando é de natureza única, que pode te dar a melhor energia na tua
vida anciã e oferece ao altar com toda alegria. Não há nada mais elevado e
bonito que ter a experiência de ser utilizado pelo amor Divino. Isto é o que
entendi intelectualmente, porque para realizá-lo deve estar consumido pelo amor
e não consumido pela sociedade de consumo, quero ser consumido no fogo do
Jagna.
Então quando o
prazer do Senhor se torna teu prazer, então se cumpre o “eu sou teu e você é
meu”.
Isto é o que
quero compartilhar esta noite. E assim vocês podem cantar e dançar sempre.
Jay Sri Radhe.
E um grande
abraço a todos os devotos no chat.
Vrindavan ki
jay.
Hari bol.
As vezes podemos
nos sentir cansados de nossas frustrações, mas os desejos são tão intensos que
apenas chega um, já vamos num outro. Mas todos temos vindo da dualidade... é
nossa existência condicionada. E isto é porque temos que nos mover desde a satisfação
de nossos desejos para a satisfação de Seus desejos. És eterno e teu amor é
eterno. Passar da alegria conformista à alegria producida pelo serviço à
divinidade. Isso tudo pode ser compreendido pela rendição. Isso todo se trata
de possibilidades transcendentais, não é algo simples de compreender.
Seu sempre bem-querente
Swami B. A. Paramadvaiti.
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